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VIOLETA

by Lux Ferreira

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VIOLETA é a última cor do espectro visível. A última que nossos olhos humanos conseguem compreender. Acima dela estão os raios que chamamos de ultravioleta. Essa cor é a divisão entre o tangível e o intangível. O visível e o invisível. É a cor que me faz refletir sobre nossas conexões espirituais, pois na minha visão, até o que é invisível é perceptível.

Aspectos específicos dessa cor foram abordados de diversas maneiras dentro da composição. Por exemplo, eu gostei de deixar a música com um ar um pouco mais analógico que as demais, porque a cor violeta sempre me remeteu a ruídos e pequenas distorções imagéticas como num VHS. Ao mesmo tempo, quis trazer questões do meu passado através de recortes que fiz de pastoras cantando e pregando. Isso me fez viajar pra um passado onde eu tocava com meu pai em igrejas pequenas (em cultos pentecostais). A cor violeta pra mim também remete ao misticismo e tentei retratar isso no início da canção com esses recortes. Pra ficar ainda mais complexo logo de cara, misturei tudo com frases de trompete e orquestra porque quis retratar a realeza e religiosidade em um único lugar. Tudo misturado.
Apenas um parênteses: eu sei que existe beleza no que é buscado com verdade. Entretanto acredito também que tamanha beleza pode ser invalidada se essa mesma verdade não te move a pensar no próximo. Não adianta vivermos misticismos religiosos se não temos amor e compaixão com a dor do outro. Ou até poderia dizer mais: a conexão com um lugar intangível só é realmente válida quando reflete em amor na vida prática que vivemos. Tanto para consigo, quanto para com quem está do nosso lado. Mas esse sou apenas eu falando sobre coisas que ainda sou aprendiz.

Além disso, resolvi também continuar abordando meu passado ao som da segunda parte da música. Ela reflete referências que eu tinha a dez anos atrás como J Dilla, Madlib, Talib Kweli e Mos Def. Dentro desse espectro, adicionei também timbres que estivessem dentro da esfera sonora dessa época e pequenos sons que remetem às máquinas antigas.

Logo depois dessa parte, eu introduzo um beat mais pesado na faixa. A cor violeta para mim é a que representa melhor uma noite quente (em todos os aspectos). É uma cor vibrante, porém noturna. Então nessa terceira parte da música, resolvi falar disso explícitamente. É como um retrato sonoro de duas pessoas transando em uma boate. A atmosfera é densa e excitante. É uma mistura que torna possível várias reflexões em cima desse retrato. Logo vem a parte dançante da música e é como se trouxesse uma leveza um pouco maior para as reflexões antes observadas. De qualquer forma, ainda está tudo ali: a dança, o prazer, o assombro, o descartável, a vaidade, o alívio, a loucura, a instantaneidade, a noite e a também preocupante falta de equilíbrio das momentaneidades que vivemos em nossos dias.

Quão confuso é ser. Influências externas e experiências internas que me fazem enxergar o mundo todo a partir de uma percepção minha, é só minha? Eu já fui muitos sendo eu mesmo e sei que cada um desses ainda é parte de mim, mesmo não sendo só isso. Aprendo, evoluo e sofro mutações, mas aquilo que sou está cada vez mais claro internamente. E o que não sou, também faz parte das minhas escolhas que faço diariamente.

Esse projeto foi libertador, elucidante e extremamente eficaz em tudo que se propôs aqui dentro. Espero que faça ainda algum sentido para pessoas que têm interesse no amor próprio, amor para os outros e amor com Deus. E além disso, através dessa perspectiva inicial, que possam avançar ainda mais com percepções infinitas sobre o que foi designado de uma forma tão única pra gente: a vida.

Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.
Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.
1 João 4:7,8

Eu ainda sou o mesmo, só que agora tenho mais bagagens para levar comigo. Sabendo ou não como lidar com elas, prossigo.

lyrics

_________________________________________
Acordei de um sono profundo
Eu já fui muitos sendo eu mesmo
E nenhum deles
Agora já não sou mais
_________________________________________

credits

released August 30, 2018
Música e produção por Lux Ferreira em Julho de 2018

Programações, teclados e voz: Lux Ferreira

Mixagem: Rafaela Prestes no Estúdio Forte Apache (Santa Tereza, Rio de Janeiro)
Masterização: Martín no Espaço Sideral (Humaitá, Rio de Janeiro)

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Lux Ferreira Rio De Janeiro, Brazil

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